A Justiça aceitou a denúncia contra o homem de 28 anos que confessou ter matado a própria namorada, Shirley Vila Nova Caldeira Diniz, em março deste ano, em um apartamento do bairro Bonfim, na região Noroeste de Belo Horizonte. Arthur Godinho de Esteves Zebral, de 28 anos, namorava Shirley há três anos e teria cometido o crime após descobrir que ela trabalhava como garota de programa (relembre o caso no fim da matéria).
O documento obtido pela Itatiaia revela que a decisão foi assinada nesta segunda-feira (5) pela juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, do Tribunal do Júri. A magistrada reconheceu os indícios apresentados pela Polícia Civil e afirmou haver “justa causa” para que Arthur se tornasse réu. A juíza deu cinco dias para a Delegacia de Polícia encaminhar o relatório de necropsia e o laudo de local do crime para o Ministério Público.
Na mesma decisão, a juíza negou um pedido para que Arthur deixasse a prisão, por entender que não surgiram novos fatos para isso: “Há indícios da materialidade e autoria, bem como fundamentos que justificam a medida extrema, em especial a gravidade concreta das condutas imputadas e o risco à ordem pública, considerando o modus operandi do delito […]. Para mais, o Ministério Público já ofereceu denúncia, a qual foi recebida na presente data, não havendo que se falar, também, em excesso de prazo para a formação da culpa”.
A Itatiaia entrou em contato com o advogado do acusado e aguarda retorno. O espaço segue aberto para posicionamento.
Confira a entrevista exclusiva da Itatiaia com o suspeito do crime:
Relembre o caso
Shirley Vila Nova Caldeira Diniz, de 36 anos, foi encontrada morta no dia 24 de março no apartamento em que morava no bairro Bonfim, na região Noroeste de Belo Horizonte. O namorado da vítima, Arthur Godinho de Esteves Zebral, foi preso horas depois em Nova Lima e confessou aos policiais que teve uma discussão com a namorada após descobrir que ela era garota de programa. Shirley teria pedido para terminar o relacionamento e Arthur, revoltado, cometeu o crime. A perícia identificou mais de 20 perfurações de faca nos braços, troncos, costas e nuca.
Fonte: Itatiaia
