Acontece em Belo Horizonte, na noite desta segunda-feira (21), o
velório da professora Soraya Tatiana
Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, trabalhava, desde 2017, como professora de História dos 7º e 9º anos no Colégio Santa Marcelina, localizado na regional da Pampulha, e era uma profissional
querida por colegas e estudantes
Em entrevista à Itatiaia, Emmeline Mati, amiga e colega de profissão da vítima, afirma que o falecimento dela “está doendo muito”. “É incompreensível e revoltante. Trata-se de um crime que a gente sabe, e precisa caracterizar, como feminicídio. Ela morreu por ter nascido mulher”, diz.
“Ela foi uma pessoa de referência para mim. De inteligência, capacidade e competência muito grandes. É uma educadora nata e uma pessoa extremamente doce, que se relacionava bem com todos”, conta a amiga.
Outra colega de trabalho, a professora Jane Teixeira fala sobre Soraya Tatiana: “Ela era uma mulher muito romântica, muito sonhadora, muito da paz e muito do bem. Era uma professora numa sala de aula construindo um futuro melhor e acreditando num cidadão melhor”.
O velório começou às 17h30 de hoje e é realizado no Cerimonial Santa Casa BH, no bairro Santa Efigênia, na regional Leste de Belo Horizonte.
Professora encontrada morta
O
corpo de Soraya Tatiana Bonfim França
A vítima estava tampada parcialmente por um lençol, vestia somente a parte superior das roupas, tinha sinais de violência e estava sem documentos de identificação. O filho a reconheceu no Instituto Médico Legal (IML).
Soraya Tatiana estava desaparecida desde a noite de sexta-feira (18). Segundo a família, ela havia sido convidada para uma festa de aniversário, mas informou que não compareceria por estar passando mal.
No sábado (19), o filho tentou contato por mensagens, que não chegaram a ser visualizadas. Diante da ausência de resposta, ele pediu que uma tia, moradora do mesmo prédio, fosse até o apartamento da professora. Como ninguém atendeu, a família acionou um chaveiro e entrou no imóvel, mas Soraya Tatiana não estava lá.
O apartamento não apresentava sinais de arrombamento ou violência. O carro permanecia na garagem, mas o celular, os óculos e as chaves da professora haviam sumido.
Caso é investigado
No boletim de ocorrência, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) registrou ainda não haver “nenhuma informação acerca de autoria e/ou de motivação do crime”.
A
Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG)
“A PCMG aguarda a conclusão de laudos periciais que irão atestar as circunstâncias e a causa da morte”, afirma a corporação por meio de nota enviada à Itatiaia.