A 26ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de Belo Horizonte, realizada neste domingo (20), mesmo sob a limitação de verba imposta pela Justiça, reúne milhares de pessoas na região Centro-Sul da capital. Durante o evento, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania,
Macaé Evaristo (PT)
“Exemplo de força, de luta e de resistência”
Logo no início da entrevista, Macaé reforçou o papel político e simbólico da Parada, que há 26 anos ocupa as ruas de Belo Horizonte com bandeiras de orgulho e reivindicação.
“Bom, eu acho que a parada é um exemplo de força, de resistência, de luta da população LGBT que ia mais para mostrar a sua potência, a sua força, mas principalmente para exigir respeito, dignidade e políticas públicas para essa população. Esse ano trazendo um tema muito importante para toda a sociedade brasileira, que é o tema do envelhecimento, da necessidade das pessoas terem direito a um envelhecimento saudável e com dignidade.”
A temática deste ano é “Envelhecer Bem: Direito às Políticas Públicas do Bem Viver, ao Prazer e à Cidade” — um chamado para o cuidado com a população LGBTQIAPN+ idosa, que frequentemente enfrenta o apagamento social e institucional.
Decisão judicial e corte de verba pública
Na última semana, a
Justiça determinou a redução do repasse da Prefeitura de Belo Horizonte para a realização do evento
Quando questionada sobre a decisão, a ministra disse:
“Bom, a parada ela sempre aconteceu muitas vezes enfrentando a diversidade. Eu acho que o debate que a gente precisa fazer é o debate do direito das pessoas e da destinação do orçamento público. Todas as pessoas, independente da sua orientação sexual, da sua religião, independente do seu local de origem, fazem jus ao orçamento público.”
E prosseguiu:
“Todo mundo paga imposto, todo mundo trabalha na cidade e, na hora da distribuição desse orçamento, todas as pessoas também podem ser contempladas. Eu acho que isso é um empecilho que será superado, com certeza. Belo Horizonte é uma cidade solidária, fraterna e que respeita, tanto é que essa parada já é a 26ª.”
* Sob supervisão de Edu Oliveira