Ministro destaca sinergia entre agronegócio e indústria no Brasil


O ministro da Economia, Fernando Haddad, destacou a forte presença do agronegócio brasileiro no cenário mundial e sua contribuição para o processo de industrialização do país. Em um discurso recente, ele enfatizou a importância da sinergia entre agricultura e indústria para o desenvolvimento econômico nacional.

Segundo o ministro, o Brasil é atualmente reconhecido como ‘o grande celeiro do mundo’, liderando as exportações de proteínas animais e vegetais. Ele ressaltou que essa força no setor primário tem impulsionado a agroindústria, citando exemplos como a inauguração de uma fábrica de empanados de frango no Paraná, que gerou três mil empregos.

Inovação e valor agregado

O ministro também mencionou exemplos inovadores de como a agricultura pode contribuir para setores de alta tecnologia. Ele citou uma visita à empresa Boston Scientific, em Minas Gerais, onde válvulas cardíacas são produzidas utilizando o pericárdio de suínos, demonstrando como a pecuária pode auxiliar avanços na indústria médica.

‘A agricultura ajuda a indústria. É agroindústria, se eu tenho uma agricultura competitiva, eu vou agregar valor’, afirmou o ministro, destacando ainda a produção de biocombustíveis como outro exemplo dessa integração.

Reforma tributária e reindustrialização

Questionado sobre o impacto da reforma tributária na reindustrialização do país, Haddad foi enfático ao afirmar que a simplificação do sistema tributário contribuirá significativamente para o fortalecimento da indústria brasileira.

‘A reforma tributária, além de simplificar, reduz o custo Brasil’, explicou. Ele mencionou que cinco impostos serão consolidados em um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, um modelo já adotado na Europa há mais de 30 anos.

O ministro citou um estudo do IPEA que projeta um crescimento de 14% nos investimentos e 17% nas exportações em 15 anos, como resultado da reforma tributária. Essas mudanças, segundo ele, são fundamentais para reverter o processo de desindustrialização precoce que o Brasil enfrentou nas últimas décadas e para estimular um novo ciclo de crescimento industrial.





Fonte: Itatiaia