Justiça manda prender condenado por roubar celular em BH 10 anos após crime


A Justiça determinou a prisão de um homem de 34 anos condenado por roubar o celular de um jovem na avenida Professor Magalhães Penido, a poucos metros da portaria da UFMG e perto do Estádio Mineirão, na região da Pampulha. O crime foi cometido em setembro de 2015, mas o mandado de prisão foi expedido apenas na última sexta-feira (25), quase 10 anos após o crime e dois anos após a condenação do acusado.

De acordo com a apuração da Itatiaia, o crime foi cometido no dia 22 de agosto de 2015, por volta de 20h30. A vítima estava em um ponto de ônibus perto de um hotel quando o acusado se aproximou, o agarrou e o ameaçou com uma faca, dizendo “é para passar o telefone celular”. O jovem entregou o aparelho e o autor fugiu em direção a avenida Antônio Carlos. Minutos depois, o criminoso viu uma viatura da Polícia Militar e tentou fugir, jogando o celular e a faca em um matagal. Porém, o criminoso foi preso em flagrante e o aparelho foi recuperado.

O suspeito virou réu poucas semanas após o crime, mas o julgamento só começou em maio de 2022, com o autor respondendo pelo roubo em liberdade. A defesa pediu a absolvição do autor, alegando ausência de provas da autoria do crime. O autor negou ter cometido o roubo e disse que foi abordado pelos militares enquanto usava drogas.

Na sentença, proferida em agosto de 2023, o juiz José Xavier Magalhães Brandão, da 11ª Vara Criminal de Belo Horizonte, reconheceu a autoria do crime. Ele destacou que a vítima do roubo reconheceu o autor na delegacia e que não havia indícios para duvidar do relato dos policiais. Ele também destacou o fato do autor já ter outras duas condenações e um processo em aberto. Por fim, o acusado foi condenado a 7 anos e quatro meses de prisão em regime fechado por roubo qualificado (uso de violência ou ameaça).

O juiz, porém, permitiu que ele recorresse da sentença em liberdade. Os recursos foram negados no fim de fevereiro e, com isso, a sentença transitou em julgado. O mandado, com validade até 2037, foi expedido na última sexta-feira (25) e, até o momento, ainda não foi cumprido, segundo a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).





Fonte: Itatiaia